Pra quem mora no interior de SP, como eu, ir a um jogo na capital é sempre uma aventura. Como comentei, ontem fui ao Morumbi assistir à partida de volta das quartas de final da Libertadores entre São Paulo e Cruzeiro. Não perderia esse jogo por nada! Afinal, ano passado eu estava lá quando eles nos eliminaram. E depois de termos devolvido o 2 a 0 do ano passado na primeira partida no Mineirão, jogando muito bem, não ia deixar passar a oportunidade de revanche.
Jogo na capital: A Saga!
Comprar ingressos agora está muito mais fácil do que a uns poucos anos atrás. A venda de ingressos pela internet facilita muito a vida de quem não mora na capital, já que não existem pontos de venda no interior. Mas você tem que ser muito rápido pra comprar, porque os ingressos se esgotam muito rápido. Eu demorei muito e tive que me contentar com um ingresso de R$220,00! Mas valeu a pena. Não me arrependo em nada.
Chegar ao estádio e estacionar o carro ainda é um pouco complicado. Chegar, depende muito do transito da capital, que sabemos nem sempre é dos melhores. Quanto a isso, dá pra amenizar saindo bem cedo. Estacionar o carro continua complicado como sempre, o que também dá pra amenizar chegando bem cedo ao estádio. Paramos o carro em um shopping próximo ao Morumbi e andamos cerca de 1.200 metros até o estádio.
E é aí que está a desorganização. Com 50 mil ingressos vendidos, acredito que as ruas próximas ao estádio deveriam ser melhor sinalizadas ou até interditadas. Fica impossível andar de carro no meio de 50 mil pessoas. Outra coisa que atrapalha são os ambulantes com caixas de isopor ocupando a calçada e algumas vezes até a rua. Cambistas também atrapalham. Ficam te puxando pelo braço, acompanham você pela rua, enchem o saco mesmo.
Eu não sou contra cambistas. Acho até que deveriam ser oficializados. Várias vezes fui ao Morumbi sem ingresso e acabei comprando de cambistas. Um ingresso de arquibancada custa R$80,00 nas mãos dos cambistas, o que eu nem acho muito caro.
Visa Infinity
Eu demorei muito pra resolver comprar ingresso. Quando fui comprar, só tinha sobrado ingresso de setores mais caros ou camarotes. Acabei comprando no novo setor de cadeiras Visa Infinity, que fica logo acima do Espaço UnYco, com comida e bebida a vontade e TVs pra ver o jogo. O bom da TV no estádio é que com o delay da transmissão é possível ver o lance ao vivo no estádio e logo depois ver o mesmo lance “ao vivo” na TV como se fosse um replay.
Usar o cartão de crédito como ingresso foi muito fácil. Mesmo comprando vários ingressos, basta passar o cartão uma vez na catraca que ela libera a quantidade de ingressos que foram comprados. Só é preciso que todos entrem juntos ao estádio.
Eu não gosto de lugares marcados. Acho que se for pra ser assim, a primeira fila deve custar mais caro do que a última fila. Senão, quem chega primeiro tem o direito de ocupar os melhores lugares. Mesmo tendo lugares marcados sentamos em lugares diferentes e não tivemos problemas. Acho que ninguém senta no lugar marcado no Brasil. Apenas um cara chegou e pediu pra que mudássemos uma cadeira pro lado pra que ele pudesse sentar próximo aos seus amigos. Sem problemas.
Mas, e o jogo?
Como eu previ o jogo foi tranquilo. O Kléber foi expulso logo no comecinho do jogo e facilitou muito a vida do meu Glorioso Tricolor. Claro que essa vai ser a desculpa cruzeirense pra derrota. Eu até preferia ter vencido o jogo sem ele ter sido expulso. Não acho que o juiz tenha exagerado, todos sabemos que o Kléber tem deixado algumas cicatrizes por onde passou, Adré Dias que o diga!
Foi questão de tempo e até que o primeiro gol Tricolor. Aliás, um golaço do Hernanes que começou em bela jogada do Jr.César.
Mal começa o segundo tempo e a torcida já grita “olé”. Depois do golaço do Dagoberto foi só festa. Interessante que no primeiro tempo o Fernandão tinha recebido um passe quase idêntico, mas sem conseguir dominar a bola. Na TV deu pra ver que ele chamava o Dagoberto e conversava com ele. Na primeira oportunidade, ao invés de tentar dominar a bola ele tocou pro Dagoberto que entrou pelo buraco aberto na zaga cruzeirense e fez o segundo gol. Golaço.
Confesso que algumas lágrimas escaparam nesse momento. Afinal, um ano antes, contra o mesmo Cruzeiro, eu chorei porque meu Glorioso Tricolor tinha sido desclassificado da Libertadores de uma forma incrivelmente passiva, sem vontade, sem raça. Agora me sinto vingado. Dois golaços e a torcida gritando “olé” por quase todo o segundo tempo foi muito melhor do que a revanche que eu esperava quando soube que o São Paulo enfrentaria mais uma vez o Cruzeiro nas quartas de final da Libertadores.
Que venha agora o Internacional. Serão duas revanches em uma única Libertadores!!
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