08/04/2010

Sto André x SPFC: A saga para assistir um time grande jogando no interior

Eu não entendi muito bem porque o Santo André mandou seu jogo contra o São Paulo no estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba, casa do tradicional time interiorano XV de Piracicaba. Melhor pra mim, que moro em Rio Claro, bem próximo a Piracicaba, portanto era praticamente obrigação ir ver meu Glorioso Tricolor jogar.

Comprar ingressos foi fácil. Bastou um pulinho no estádio, no dia do jogo mesmo, para comprar ingressos, sem fila e sem maiores transtornos. Chato foi que o carro quebrou na estrada e perdemos um tempão com isso. Muitos cambistas rodeavam o estádio e na maior cara de pau anunciavam que os ingressos das bilheterias tinham terminado. Tentavam até impedir que as pessoas chegassem as bilheterias, ficavam na frente do portão, ocupavam o espaço, mas era só insistir um pouquinho que dava pra entrar e comprar na bilheteria mais barato. Não vi nenhum policial próximo às bilheterias, talvez toda essa marra dos cambistas fosse por isso.

Chegamos em Piracicaba 20h30, praticamente uma hora e meia antes do jogo começar. Imaginava ter uma fila pra entrar no estádio, mas o que encontrei na chegada foi impressionante. Muita gente com ingresso escrito “GERAL” na mão, tentando entrar em um porãozinho com uma enorme placa escrito “GERAL” em cima. Conclusão: começou o empurra empurra, muita gente tentando forçar a entrada, polícia, cachorros, spray de pimenta, indignação popular, muita gente perdida sem saber por onde entrar no estádio… enfim, caos total. Os policiais tentando avisar que ingressos do setor “GERAL” eram pra entrar por outro portão, mas ninguém acreditava, afinal, tinha uma placa em cima do portão escrito “GERAL”, porque será que o ingresso para o setor “GERAL” não entraria por ali.

A fila que se formou era enorme, praticamente deu a volta em todo o estádio. Na fila, ninguém acreditava nos policiais, e permaneciam ali, mesmo parados. Já estava me conformando de ir pra algum bar com tv a cabo pra ver o jogo. Até que um amigo perguntou a um policial se era verdadeira a informação de que existia outro portão para entrada de quem tivesse ingresso para o setor “GERAL”. Pasmem, mas tinha outro portão. Ali era o setor “ARQUIBANCADA”, apesar da placa escrito “GERAL” bem em cima do portão.

Começamos então a dar a volta no estádio, já eram 21h20. Foi aí que percebemos o incrível tamanho da fila. Ela realmente dava a volta ao estádio, tenho certeza que teve gente alí que não viu o jogo. Nosso portão, que não tinha placa nem nada em cima, estava praticamente sem nenhuma fila. Talvez porque os ambulantes penduravam aqueles varais cheios de bandeiras e camisas bem em frente. Quem frequênta estádio sabe como eles fazem. Quase ninguém via que alí tinha uma fila e gente entrando. Em menos de 10 minutos estavamos dentro do estádio, sentados, prontos pra ver o jogo. E aquela fila imensa continuava lá fora.

Depois do jogo, sair foi muito mais fácil do que entrar. Não tivemos problemas com estacionamento, paramos próximo a um restaurante da Av. Independência, pagamos R$5,00 para o segurança do restaurante e ficamos tranquilos.

Também não vi maiores incidentes, só mesmo a truculência tradicional da polícia para organizar a entrada, o que talvez fosse desnecessário se existisse um mínimo de organização e informação. E também menos teimosia das pessoas, já que depois da confusão, vários policiais pediam pra que as pessoas com ingressos para o setor “GERAL” fossem para o outro portão.

No geral (trocadilho infame) foi tudo tranquilo. 00h30 eu já estava em Rio Claro, na minha casa, vendo os gols no Jornal da Globo.

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